São Paulo, domingo, 18 de junho de 1995 |
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China e Vaticano negociam secretamente
FERNANDO MOLICA
Em entrevista à Folha, ele afirma que, dos 69 bispos patrióticos, cerca de 20 são reconhecidos pelo Vaticano e outros tantos já encaminharam seus pedidos para a formalização desta ligação -tudo isso feito de forma secreta. Um dos maiores especialistas da situação do catolicismo na China, Marcil afirma que o direito à ordenação e nomeação de bispos é o principal problema entre as autoridades do país e as do Vaticano. Segundo Marcil, o governo chinês considera que a nomeação de bispos pelo Vaticano -a exemplo do que ocorre em quase todo o mundo- seria uma afronta à soberania do país. Uma das possíveis formas de solução para o impasse: o Vaticano faria uma lista com três nomes e Pequim escolheria dois deles para serem bispos. A possibilidade de um entendimento entre a China e o Vaticano assusta os "radicais da "Igreja do Silêncio. Eles podem se tornar o principal obstáculo para a normalização das relações. Na entrevista, ele afirma que a repressão aos católicos ligados a Roma (os da chamada ``Igreja do Silêncio") gerou prisões, agressões e até mortes. Abaixo, os principais trechos de sua entrevista, feita por telefone e por escrito. Colaborou JAIME SPITZCOVSKY, de Pequim Texto Anterior: Bispo `oficial' ataca política de natalidade Próximo Texto: `Igreja ainda não é livre', diz padre Índice |
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