São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 1995 |
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Governo fixa regras para crédito rural
SHIRLEY EMERICK
Agora, os agricultores que tomarem financiamentos de até R$ 30 mil terão de comprovar que pelo menos 80% de sua renda bruta anual vêm da atividade rural. No ano passado, o mini produtor comprovava renda máxima de R$ 6 mil ao ano e conseguia financiamentos com juros subsidiados a 4% ao ano. O pequeno produtor tinha renda anual de até R$ 21 mil. Foi criado também o crédito rotativo, uma espécie de cheque especial. O agricultor apresenta ao banco um plano de investimentos (benfeitorias, tecnologia e custeio da produção) e recebe uma linha de crédito, limitada a R$ 30 mil e liberada em parcelas. A partir de hoje, o Banco do Brasil vai liberar R$ 3,2 bilhões de custeio para a safra e R$ 200 milhões para sementes. O crédito agrícola havia sido suspenso porque não havia regras definidas para os contratos, em função da derrubada do veto presidencial que mantinha a correção dos financiamentos rurais pela TR (Taxa Referencial). A equipe econômica fechou um acordo com os parlamentares fixando os juros em 16% para os empréstimos até R$ 150 mil (específicos para arroz, feijão, mandioca, milho e trigo). Para empréstimos abaixo de R$ 30 mil, o produtor pode também pagar o crédito com o produto. Pelas novas normas, o agricultor não pode fazer mais de um empréstimo de R$ 30 mil. A equipe econômica ainda não definiu o valor dos preços mínimos soa produtos agrícolas. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Dias, disse que o governo não vai corrigir os preços mínimos pela inflação passada. A idéia do governo é avaliar os preços pelos custos, perspectiva de inflação e taxa de câmbio. Os preços mínimos estão congelados desde julho de 94. Texto Anterior: Petróleo: as Reformas do PFL e o Suicídio do PSDB Próximo Texto: Agricultores protestam contra novas medidas Índice |
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