São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995 |
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Congresso resiste a mudar funcionalismo
FERNANDO CANZIAN
Ao contrário, a disposição é amplamente oposta a mudanças, o inverso do que se verificou nas votações da Ordem Econômica. Segundo a pesquisa, apenas 13,5% dos deputados e 11,9% dos senadores são favoráveis ao fim da estabilidade. Os contrários ao fim da estabilidade somam 38,5% na Câmara e 40,7% no Senado. Sobre a redução de salários dos servidores civis e militares, 78,2% dos deputados e 94,9% dos senadores são contra. Quanto à aposentadoria integral, 49% dos deputados e 40,7% dos senadores responderam que esse direito dos servidores deve ser preservado. O deputado federal Jorge Maluly Neto (PFL-SP), coordenador da bancada paulista do seu partido, afirma que o corporativismo dos funcionários públicos ``não é no sentido da defesa de privilégios, mas da melhoria das condições salariais e de trabalho". Maluly Neto diz que o funcionalismo público está ``massacrado". O deputado afirma que, até a votação da reforma administrativa, que pode ocorrer no segundo semestre, o PFL deverá reunir até cem parlamentares contrários a mudanças nas regras atuais. A pesquisa do Diap ouviu 408 deputados e 59 senadores, o que corresponde, respectivamente, a 79,5% e 72,8% da composição da Câmara e do Senado. Segundo o levantamento, 62% dos deputados e 69,5% dos senadores defendem a manutenção da isonomia salarial (reajustes na mesma data e com um mesmo índice) para o funcionalismo. Recesso O Congresso entra em recesso no dia 1º de julho sem que O Senado tenha concluído a votação das emendas da ordem econômica. A decisão de não convocar o Congresso foi anunciada ontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso aos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Luís Eduardo (PFL-BA). Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: PC pede a liberação de condenado por assalto Próximo Texto: Governo cria conselho para debater Estado Índice |
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