São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995 |
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Sob o manto do sigilo Das duas casas do Congresso, o Senado é, de longe, a mais formal. Ao contrário da Câmara, um discurso banal feito da tribuna do Senado desperta a atenção e apartes cheios de ``data venia". Porém, algo acontece nas sessões secretas que transmuta o comportamento dos circunspectos senadores. Sem testemunhas, os 81 membros da Casa permitem-se usar expressões que feririam o ``decoro parlamentar" se o sistema de som estivesse ligado. Ontem, na sessão secreta para aprovar o nome de José Viegas Filho para embaixador na Lituânia, apareceu um incomum voto contrário no painel eletrônico. Logo surgiram brincadeiras anônimas: - Quem foi o sacana? - Foi o Roberto Freire, se vingando do fim do comunismo! - Só se for por nostalgia -devolveu o ex-comunista. Em seguida, novo voto ``não", agora contra o embaixador na Alemanha, Roberto Abdenur. Nova provocação anônima: - Está provado: foi mesmo o Roberto Freire, em protesto contra o fim da Alemanha Oriental. Texto Anterior: Mão no bolso; Mantendo o assunto; Troca de afagos; O preço da concórdia; Coisas do Brasil; Ligados; Visita à Folha Próximo Texto: BC alivia condições para a renegociação de dívidas Índice |
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