São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995 |
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Governador decide desmembrar secretaria
CARLOS MAGNO DE NARDI
Hoje a secretaria está atrelada à pasta da Justiça e Defesa da Cidadania, comandada por Belisário dos Santos Júnior. Com a decisão de Covas, Santos Júnior permanecerá na Justiça e um novo secretário será indicado para Administração Penitenciária. ``A decisão foi tomada em função da complexidade do setor e da nenhuma economia que seria realizada com a junção", disse Santos Júnior em entrevista recente. A Folha apurou que o nome mais cotado para substituí-lo na Administração Penitenciária é o secretário-adjunto Antonio Ferreira Pinto, que participou nos últimos dois dias das negociações com rebelados em Hortolândia. O chefe da Casa Civil, Robson Marinho, confirmou ontem a decisão do governador. Segundo ele, as constantes rebeliões de presos mostram a ``importância de se manter uma pasta específica". Marinho aponta também a população carcerária do Estado como fator para se manter a Administração Penitenciária como uma secretaria específica. No total, o Estado tem hoje 53 mil presos, metade do número de presos de todo país. A Secretaria de Assuntos Penitenciários tem cerca de 16 mil funcionários. O setor tem sido um dos principais pontos de tensão no governo. Desde janeiro deste ano, quando Covas assumiu, ocorreram 14 rebeliões (leia quadro acima). Para tentar controlar o problema, Covas adotou as seguintes medidas: autorizou a construção de dez anexos de presídios em regime semi-aberto (2.000 vagas), conclusão dos presídios de Mirandópolis 1 e 2 (reforma), Itapetininga (construção) e Butantã (reforma), criando mais 1.600 vagas. O projeto mais ambicioso é a desativação da Casa de Detenção, no Carandiru (zona norte de SP). O projeto prevê a troca da área do Carandiru (que abriga 9.000 vagas) por presídios a serem construídos pela iniciativa privada num raio de até 100 km de São Paulo. O governo espera que esses novos presídios tenham 18 mil vagas. Texto Anterior: 11 fogem em Tremembé Próximo Texto: Lésbicas e gays cobram maior apoio de bissexuais Índice |
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