São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
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Assassinato de prefeito pode ter sido político

DA SUCURSAL DO RIO

A polícia do Rio investiga as hipóteses de assalto e crime político para o assassinato do prefeito de Belford Roxo (município da Baixada Fluminense), Jorge Júlio Costa dos Santos, o Joca (PL), 48.
O prefeito foi morto com 11 tiros, anteontem à noite, a caminho do Palácio Laranjeiras (zona sul), onde teria audiência com o governador Marcello Alencar (PSDB).
Parentes, amigos e correligionários do prefeito disseram ter certeza de que o crime era político. O deputado Renato de Jesus (PL) afirmou que o caso tinha todas as características de uma execução.
Por enquanto, a principal pista da polícia é o depoimento do prefeito de São João de Meriti, Adilmar Arsênio dos Santos, o Mica (PMDB), que estava com Júlio Costa quando ele foi morto.
Santos disse que o Tempra de Costa estava parado quando um rapaz armado bateu no vidro e disse ser um assalto. O carro deu um solavanco e ele atirou.
Santos fugiu e entrou em um carro, a cerca de 50 m do Tempra. Ele disse que o prefeito, armado, teria tentado reagir.
Santos disse acreditar na hipótese de assalto. Nada foi roubado.
O delegado Jorge Luiz Diegues disse que assalto ainda é a primeira linha de investigação da polícia, mas não estão descartados vingança, sequestro ou crime político.
Vários pontos ainda são considerados obscuros por policiais para a hipótese de assalto, como o grande número de tiros e o fato de as jóias não terem desaparecido.

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