São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
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Distribuidor de gás admite ágio na venda do produto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA SUCURSAL DO RIO

Sindicato promete descredenciar quem insistir na cobrança
Os distribuidores de gás admitiram que os revendedores do produto estão cobrando ágio e prometeram descredenciar, a partir de hoje, os que insistirem na cobrança. A Polícia Federal deverá ajudar na fiscalização.
Eles também culparam os chamados ``pirangueiros" pela cobrança de ágio. São ``oportunistas", que obtêm botijões nas filas das portas das distribuidoras e os revendem com ágio na periferia das cidades, disse o superintendente do Sindigás (Sindicato Nacional dos Distribuidores de Gás), Afonso Álvares.
Distribuidores representados pelo Sindigás se encontraram ontem com Aurélio Bastos, secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça.
A reunião estava marcada para que os distribuidores explicassem as denúncias de que estariam escondendo o gás, esperando aumentos de preço.
Lucro
As distribuidoras de gás tiveram aumento de 92,5% na margem de lucro com o reajuste do preço do botijão, autorizado pelo governo na segunda. Seus ganhos passaram de R$ 0,33 para R$ 0,65 por botijão.
Os números constam de levantamento feito da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, apresentado ontem na Comissão de Minas e Energia da Câmara.
Ontem, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara decidiu convocar o ministro Raimundo Brito (Minas e Energia) na próxima semana para explicar o desabastecimento de gás.
A Petrobrás disse já estar produzindo e entregando gás em quantidade acima da normal.

Colaborou a Sucursal do Rio

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