São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995 |
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Faltou onda
CARLOS SARLI A maior onda do mundo? Com esta interrogação, a edição deste mês da revista norte-americana ``Surfing" apresenta um ``outside reef" que a galera batizou de ``Jaws" -tubarões.Na edição anterior, uma sequência nesse mesmo ``spot" já havia me chamado a atenção. Tanto pelas dimensões das ondas quanto pelo fato de o surfista Peter Cabrinha ser, na verdade, um windsurfista. Em que pese o fato de os surfistas serem rebocados por um jet-ski (``tow-in") para dentro da onda, já que na remada é impossível, essa morra é coisa para valente. Além de Cabrinha, outros dois surfistas que praticam windsurfe estão nessas páginas: o lendário Gerry Lopez e o eclético Laird Hamilton. A intimidade que alguns windsurfistas têm hoje com ondas gigantes deu uma outra dimensão a esse esporte. Saindo das ondas gigantes para o ``flat" total, terminou no último fim-de-semana a nona edição do ``O'Neal Aruba Hi-Winds Pro-Am", disputado na praia de Fishermen's, em Palm Beach, lado oeste da ilha. Apesar da presença dos principais windsurfistas do mundo, atraídos principalmente pela premiação de US$ 100 mil, o campeonato deixou a desejar. Em função das características do lugar, a modalidade ``waves" não fez parte do evento, que é disputado somente no course e no slalom. Para o público, que em Aruba era quase zero, a ausência de ondas é um forte empecilho. Não há dúvidas de que, plasticamente, trata-se de um esporte muito atraente, que proporciona fotos e tomadas alucinantes para as TVs. Mas não tem graça ficar assistindo, da areia, um monte de vela passando no horizonte. De qualquer forma, o ``Aruba Hi-Winds" já é tradicional no calendário do windsurfe e um sucesso consumado. A galera que compete adora ir para lá. O lugar é campeão e tem muito vento. Os brasileiros disputaram o torneio amador. E foram bem. O paulista Cid Outi, conhecido como ``japonês voador", foi o destaque na principal categoria, a sênior. Na parte master, o carioca Kleber Motta terminou em terceiro. Este foi o melhor ano dos brasileiros em Aruba. Mas a distância que nos separa dos norte-americanos e europeus ainda é um oceano. Texto Anterior: Flamengo disputa título no Rio e em SP Próximo Texto: Notas Índice |
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