São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
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'Dançando' é inglês como o fog

RICARDO CALIL
DA REDAÇÃO

``Quanto menos britânico melhor" seria um slogan justo para o novo cinema da terra de Hitchcock, não fosse a atuação de cineastas como Neil Jordan, Mike Newell e Stephen Frears.
No filme, o cineasta se aproveita das deficiências do cinema britânico -principalmente o formalismo e a frieza- para recompor a história real da última mulher condenada à forca na Inglaterra.
Miranda Richardson, soberba, interpreta a recepcionista de cabaré apaixonada por um rico piloto de automóveis (Rupert Everett), que se revela um homem violento e alcoólatra. A aparência polida e discreta dos personagens reforça a atitude neurótica e extremada que eles adotam a seguir.
Depois de um começo ensolarado, o romance incorpora aos poucos o aspecto melancólico do fog londrino, até o desfecho sombrio. Em sua obra, Newell soube entender, como poucos compatriotas, que o cinema se faz de luzes, sombras e nuances.

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