São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995 |
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Companhia portuguesa coreografa o fado
ANA FRANCISCA PONZIO
Quando: de hoje a sábado, às 21h, e domingo, às 19h Onde: Auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina (av. Mário de Andrade, 664, tel. 011/823-9611) Ingressos: R$ 3,00 a R$ 5,00 e grátis no domingo Quase dois meses depois de realizar para o Balé da Cidade de São Paulo o espetáculo ``De Repente, Não Mais que de Repente...", inspirado na obra musical de Tom Jobim, o coreógrafo português Vasco Wellencamp está de volta para acompanhar a curta temporada do Ballet Gulbenkian na cidade. Como na coreografia feita para o Balé da Cidade, Wellencamp se inspirou na música de uma personalidade para desenvolver ``Amaramalia". Neste caso, o ponto de partida foi Amália Rodrigues, a cantora de fados que tornou-se um símbolo da cultura portuguesa. No entanto, Wellencamp diz que não gosta de fados, ao contrário das músicas de Tom Jobim, que ele adora. ``O fado é uma canção urbana muito pobre sob o ponto de vista musical. Mas, na voz de Amália Rodrigues, o fado ganhou dimensões extraordinárias. Amália é divina, e é impossível não gostar dos fados cantados por ela." Em ``Amaramalia", Wellencamp trata a dança como elemento indissociável da música. ``Minhas coreografias podem se fundamentar em estruturas muito complexas. Mas sempre procuro atingir o público pelo canal mais direto e simples, que são as emoções." A trilha musical de ``Amaramalia" é uma colagem cujo eixo principal é o ``Prelúdio aos Poetas", em que Amália Rodrigues canta letras feitas para ela por grandes poetas portugueses. As apresentações do Gulbenkian em São Paulo dão continuidade ao projeto ``Portugal, Descubra um Novo País", organizado pelo Ministério do Comércio e Turismo português, com o objetivo de ampliar as relações com o Brasil. Texto Anterior: Rushdie recria relação Oriente-Ocidente Próximo Texto: Rohmer opta pelo riso em 'Lua Cheia' Índice |
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