São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
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Terra da vodca, Ahus esfria os preços no verão

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA ENVIADA ESPECIAL À SUÉCIA

A população da pequena cidade de Ahus (pronuncia-se orrus), no sul da Suécia, triplica quando chega o verão (de 21 de junho a 21 de setembro) -passa de 10 mil para 30 mil habitantes.
Um dos balneários mais famosos e ensolarados do país, Ahus não se assemelha nem um pouco com o Guarujá paulista.
Primeiro porque a cidade sueca tem história: foi fundada pelos vikings no ano 1000.
Entre suas casinhas e ruas graciosas é possível ver as marcas da história medieval: uma igreja com cemitério e os restos do muro que contornava a cidade.
No Guarujá, os preços da estadia sobem no verão. Em Ahus, ocorre o contrário.
Um quarto duplo em hotel chega a custar 1.100 a 1.300 coroas (US$ 157 a US$ 186) no inverno, temporada de executivos, mas o preço cai 50% no verão, quando a cidade é tomada pela classe média.
O aluguel de uma casa para até cinco pessoas custa 2.500 coroas (US$ 357) por semana no verão.
É verdade que o verão de lá não é como o nosso -a temperatura da água atinge, no máximo, 20 graus Celsius.
Além do turismo, Ahus vive de agricultura -trigo, beterraba e batata- e pecuária.
Ahus faz também vodca. A fábrica da Vin & Sprit, companhia estatal sueca, produz 250 mil litros da vodca Absolut por dia.
Em setembro, a capacidade de produção será três vezes maior.
Todo o processo de engarrafamento da Absolut -de especial interesse para os que gostam de bebidas- pode ser observado gratuitamente. É só ir até a fábrica da Absolut, criada em 1906.
Para chegar a Ahus de avião ou trem, a saída é ir a Kristianstad, a 560 km de Estocolmo.
Um pouco maior que Ahus, Kristianstad tem 35 mil habitantes, um parque maravilhoso e excelentes restaurantes.
A melhor alternativa, porém, é ir de carro. As paisagens são magníficas e há inúmeros castelos que podem ser vistos por fora.
Toda a região já fez parte da Dinamarca e detém aspectos culturais daquele país.

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