São Paulo, sábado, 24 de junho de 1995
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Banco Central realiza leilões e segura dólar

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O Banco Central conseguiu ontem tranquilizar o mercado financeiro sobre as mudanças cambiais através de quatro leilões de dólar comercial e um de flutuante.
O mercado passou a trabalhar desde ontem com novos limites de variação do dólar de R$ 0,91 para compra e R$ 0,99 para venda.
Os limites anteriores eram de R$ 0,88 para compra e R$ 0,93 para venda.
Houve alguma confusão no início das operações ontem quando as cotações do dólar comercial atingiram R$ 0,93.
O Banco do Brasil chegou a trabalhar em suas agências com dólar turismo a R$ 0,95.
O BC (Banco Central) entrou no mercado às 9h01 e realizou durante o expediente quatro leilões de dólar comercial e um no flutuante. O BC comprou dólares pela cotação até R$ 0,918 e vendeu até a R$ 0,920.
O governo fez ontem um leilão de títulos cambiais com vencimento em 13 de setembro e pagou juros médios de 17,41% mais correção cambial.
A desvalorização do real deverá facilitar a queda na taxa de juros. O mercado espera que a inflação continuará alta em julho, refletindo os aumentos como gás de cozinha, táxi, metrô e ônibus. Há expectativa, no entanto, de que a queda das taxas de juros só ocorrerá de forma expressiva em agosto.
No mercado futuro de juros (DI) para agosto, a projeção de rentabilidade caiu de 3,84% no dia anterior para 3,74%. Para junho, a estimativa de rendimento dos juros foi a mesma do dia anterior (4,05%).
Os índices das Bolsas ficaram ontem praticamente estáveis e o volume de negócios é reduzido.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,148%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,66% para dias úteis, projetando rendimento de 4,04% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,69% ao mês, com rendimento de 4,06% no mês.
As cadernetas que vencem hoje rendem 3,6401%. CDBs prefixados de 31 dias negociados ontem: entre 34% e 58,5% ao ano. CDBs pós-fixados entre 13% e 14% ao ano mais TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,53% ao mês, projetando rentabilidade de 4,71% no mês. Para 31 dias (capital de giro): entre 67% e 125% ao ano.
No exterior
Prime rate: 9% ao ano. Libor: 5,75% ao ano

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: queda de 0,36%, fechando com 35.856 pontos e volume financeiro de R$ 221,55 milhões. Rio: baixa de 0,60%, encerrando a 16.716 pontos e movimentando R$ 58,28 milhões.
Bolsas no exterior
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou a 4.585,84 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou com 2.535,90 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 15.265,18 pontos ontem.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,918 (compra) e R$ 0,920 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,918 (compra) e por R$ 0,920 (venda). ``Black": R$ 0,920 (compra) e R$ 0,930 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,923 (compra) e R$ 0,928 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,910 (compra) e R$ 0,950 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: baixa de 0,26%, fechando a R$ 11,51 o grama na BM&F.
Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até 22 de junho foi positivo em US$ 183,52 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 602,41 milhões. O saldo total está positivo em US$ 785,93 milhões.
No exterior
Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,6040 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3875 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 84,48 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 390,70.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para junho fechou a 4,05% no mês e para julho a 3,98% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para agosto ficou a 37.500 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para junho fechou a R$ 0,927 e a R$ 0,951 para julho.

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