São Paulo, domingo, 25 de junho de 1995 |
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Senador nacionalista do PFL defende monopólios estatais
RAQUEL ULHÔA
É o único dissidente assumido do PFL, o segundo maior partido da base de apoio do governo Fernando Henrique Cardoso. Ex-presidente do Conselho Nacional do Petróleo no governo Jânio Quadros (1961), Marinho é contra o fim dos monopólios estatais das telecomunicações e do petróleo e contra a extinção das diferenças entre empresas nacionais e estrangeiras. Flexibilização O senador afirma que o PFL respeita suas posições e dá risada quando é chamado de dissidente. ``O PFL flexibilizou seu programa antes de o governo propor a flexibilização dos monopólios", diz. Advogado respeitado, Marinho ganhou uma alfinetada do conterrâneo Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) ao anunciar sua ``independência" em relação ao PFL. ``Eleitoralmente, vossa excelência não é um dos homens mais fortes da política baiana e nem da brasileira. Mas fazemos questão de tê-lo por sua competência", disse. ``Tenho muito mais a postura de um intelectual do que de um líder político", respondeu Marinho, sem perder o bom humor. Para Marinho, os monopólios estatais das telecomunicações e do petróleo são ``importantes para a segurança e a economia do país". Quanto às restrições à entrada de capital estrangeiro no país, ele acredita que elas devem ser mantidas -ao contrário do que propõe o governo- porque defenderiam o país do ``ingresso de capital não-qualificado". Texto Anterior: Exemplo de austeridade Próximo Texto: "Bode preto' acompanha Josaphat Marinho Índice |
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