São Paulo, domingo, 25 de junho de 1995 |
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"Bode preto' acompanha Josaphat Marinho
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA 'Bode preto' acompanha Josaphat MarinhoNo PMDB, a ovelha negra -ou melhor, ``bode preto", como ele prefere- é o senador Roberto Requião (PR), que vai votar contra 4 das 5 propostas. Requião vota a favor apenas da proposta de acabar com o monopólio dos Estados na distribuição do gás canalizado. Essa também é a única emenda que Marinho apóia de coração. Ele vai votar a favor da abertura da navegação de turismo a embarcações estrangeiras, mas se diz contra a medida: ``Vai causar um problema de segurança nacional", diz o senador. ``Se as Forças Armadas, que são responsáveis pela segurança do país, não contraditaram a proposta, por que eu o faria?", pergunta Marinho, justificando o voto favorável à emenda. Ex-filiado ao PSB (Partido Socialista Brasileiro), Marinho define-se como um ``democrata de pensamento socialista". O senador foi para o PFL em 1990 porque, segundo diz, ``o PSB fez uma safadeza" com ele. A direção do PSB vetou a coligação que seria feita no Estado com o PFL de Antônio Carlos Magalhães, pela qual Marinho seria candidato ao Senado. Por isso, trocou de legenda, disputou e ganhou o mandato, que termina em 98. ``O PSB o receberia de volta de braços abertos", disse o senador Ademir Andrade (PSB-PA), que acha ``muito estranho" um político como Marinho estar no PFL. Para ilustrar sua situação no PFL, contrário às reformas, Marinho recorre a uma frase em latim, dita pelo ex-governador da Bahia José Joaquim Seabra, quando deixou o poder: ``Solus totus et unus", ou seja, segundo ele próprio, ``inteiramente só e um". Texto Anterior: Senador nacionalista do PFL defende monopólios estatais Próximo Texto: Jatene pediu 'rebelião' contra Serra e Malan Índice |
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