São Paulo, domingo, 25 de junho de 1995 |
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Engenho e arte
INÁCIO ARAUJO Onde está a unidade do Cinema Novo? Está, sobretudo, em um sistema de produção (que Glauber Rocha resumiu com a expressão estética da fome). Mas também no empenho de um grupo de cineastas em descobrir as imagens e paisagens do Brasil. É o que mais leva a classificar ``Menino de Engenho", adaptação do romance de José Lins do Rego, dentro dessa tendência. No mais, a história do crescimento de um menino em um engenho remete -ao menos na impressão deixada por uma visão longínqua- ao cinema intimista: o desejo de produzir beleza, o cuidado nos detalhes, a atenção à evolução dos personagens, que chamam a atenção. Tanto mais quando se pensa que este era o filme de estréia de Walter Lima Jr., um dos grandes de sua geração.MENINO DE ENGENHO Brasil, 1965, 81 min. Direção: Walter Lima Jr. Com Geraldo Del Rey, Anecy Rocha, Maria Lúcia Dahl. Em preto-e-branco. Na Cultura. Texto Anterior: São Judas e Gazeta lançam programa para universitários Próximo Texto: Domínio de bárbaros Índice |
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