São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 1995 |
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Universitária tentou o suicídio
AURELIANO BIANCARELLI
Por conta de um excesso de peso, ela reduziu a alimentação e tomava medicamentos para emagrecer. Tudo acompanhado por um endocrinologista. Até que, há três anos, em meio a trabalhos escolares e à tensão das provas, sofreu uma decepção com o namorado. ``Naquela mesma noite, enquanto voltava para casa, o cheiro apareceu. Ele saia de dentro de mim, por todos os poros. Eu estava cheirando peixe podre e todos à minha volta estavam sentindo". O cheiro não desapareceu mais. ``Eu saía de um curso e passava em casa, tomava banhos e mais banhos. Experimentava sabonetes, trocava de desodorantes. Quando entrava no ônibus ou na sala de aula, o cheiro voltava. As pessoas começaram a se afastar de mim." Teresa diz que foi se afastando de todos. ``As pessoas me convidavam para sair, eu arrumava uma desculpa." Segundo ela, o médico não levava a sério o que ela dizia. ``Um dia, tomei uma decisão. Parei o carro sobre a ponte Rio-Niterói decidida a pular. Desmaiei quando abri a porta do carro." Teresa encontrou no Rio um médico que reduziu os sintomas. ``Mas estava tão traumatizada que me mudei para o Nordeste. Depois vim me esconder nesta cidade do sul." Teresa não quer divulgar nem sequer o Estado onde mora. Se sente curada mas, quando fica tensa, o cheiro volta. Com a ajuda de uma psicoterapeuta, Tereza tenta se livrar das sequelas emocionais decorrentes da síndrome. (AB) Texto Anterior: Distúrbio deixa doentes com cheiro de peixe Próximo Texto: Ônibus bate em barranco e deixa sete mortos e 15 feridos em Itu Índice |
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