São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 1995
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Ônibus bate em barranco e deixa sete mortos e 15 feridos em Itu

DA FOLHA SUDESTE

Um acidente com um ônibus da Vale Tietê, da viação Bonavita, deixou sete mortos e 15 feridos ontem pela manhã, no quilômetro 96,7 da rodovia Marechal Rondon, próximo a Itu (a 92 km a noroeste de São Paulo).
O acidente aconteceu às 8h15 quando o ônibus, placas de Campinas CZ 6910, que vinha de São Paulo com destino a Itu, teria perdido a direção por causa da chuva.
Segundo a Polícia Rodoviária, o ônibus, que transportava 22 pessoas, derrapou no asfalto, atravessou a pista, bateu em um barranco, cruzou a pista novamente e tombou próximo ao acostamento.
Policiais rodoviários e bombeiros trabalharam durante quatro horas retirando as vítimas das ferragens e transportando-as para a Santa Casa de Itu e hospital Candelária, ambos em Itu.
Os sete mortos são Mário Roberto Felix Bitencourt, 41, Ana Maria Rodrigues dos Santos, 33, Ana Cristina Felix Bitencourt, 4, José Luis Sampaio, 31, Dativo Lopes dos Santos, 45, Daniel Alves da Silva, 43, e Maria Aparecida Nunes Duarte, 32.
Segundo a diretora de enfermagem da Santa Casa de Itu, Rosemary Monteiro, 30, dos 14 feridos atendidos no hospital dois estão em estado grave.
O motorista do ônibus, Maurício Soares Sobrinho, 36, teve fratura exposta nas duas pernas e um derrame no pulmão. Ele está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa e, segundo os médicos, seu estado é estável.
A Santa Casa de Itu montou um esquema especial de atendimento às vítimas deslocando uma equipe de 13 pessoas para os primeiros socorros.
Segundo Rosemary, os médicos especialistas foram chamados para atender aos casos de cirurgia urgentes e o pronto-socorro funcionou atendendo às vítimas.
Drama
A dona-de-casa Neuzerete Barbosa Corrêa, 27, e o operário Ademar Novas da Silva, 29, estavam na Santa Casa esperando a avaliação médica de seu filho Emerson, 2, atingido na face por uma das poltronas do ônibus.
Silva disse que se lembra de ouvir as pessoas gritarem e chorarem, mas conseguiu retirar a sua família por uma janela do ônibus.
``Lembro que achei o meu filho debaixo de um banco e andei sobre os bancos até chegar à janela. Era o único lugar que dava para sair", disse.
``O acidente foi rápido. Meu filho dormia no meu colo e, depois, encontrei-o debaixo do banco."
Silva e Neuzerete afirmam que a chuva era forte e que na descida o motorista não conseguiu segurar o veículo. ``Ainda bem que o ônibus estava vazio", disse Silva.

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