São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 1995 |
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Jatene e Serra 'trombam' no Congresso
RAQUEL ULHÔA
Serra disse que pretende adotar essa tática ``sempre que for preciso". Além das conversas com senadores, posou para fotos, deu autógrafos e distribuiu cumprimentos. Cafezinho No cafezinho do Senado, encontrou-se com Jatene, que defende a volta do IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras) para financiar a saúde, proposta combatida pela área econômica do governo, especialmente por Serra. Nas rodinhas com os senadores, Serra disse que o IPMF não era a saída para a saúde. Defendeu a criação de outras fontes de recurso para a área de Jatene, como a cobrança de uma contribuição sobre fumo e bebida -projeto do senador Pedro Piva (PSDB-SP). Piva, suplente, assumiu a vaga justamente quando Serra foi conduzido ao Ministério do Planejamento. Jatene foi ao Senado exatamente para agradecer o apoio que tem recebido dos senadores para a sua idéia. Ao deixar o Senado, Serra negou que haja atritos entre os dois. ``Essa briga só existe na imprensa", disse à Folha. Na semana passada, Jatene se declarou ``infritável" e chegou a pedir que os parlamentares não se submetessem aos interesses da equipe econômica. Candidatos Ontem, quando os dois ministros foram embora, os senadores comentaram que por trás daquele corpo-a-corpo está a disputa pelo governo de São Paulo. Serra e Jatene são ``candidatíssimos", segundo os senadores. Oficialmente, o ministro do Planejamento foi ao Senado defender a aprovação da MP (medida provisória) que regulamenta as concessões e permissões para que a iniciativa privada explore serviços públicos. A MP deve ser votada hoje, na mesma sessão do Congresso em que poderá também ser votada a MP que criou o real, editada há um ano. ``Quero terminar logo com isso. O semestre está acabando e quero acabar com esta agonia", disse Serra à Folha, defendendo a pressa na aprovação da nova lei de concessões do serviço público. Serra posou para fotos com vereadores de municípios do Mato Grosso, deu autógrafo para o secretário do PSC de Santa Maria da Vitória (BA), Julvino Fernandes, e foi abraçado por estudantes gaúchos. Nas conversas com líderes e senadores, no salão do cafezinho, Serra pediu suco de maracujá sem açúcar. Não aguentou o sabor azedo e pediu adoçante dietético. ``Vou voltar sempre que precisar, mas sem banalizar", disse à Folha. Texto Anterior: Dirigente do Senado pede verba extra de R$ 50 mil; Sarney nega Próximo Texto: Governo vai demarcar oito áreas indígenas Índice |
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