São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 1995 |
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Educação à distância na Amazônia começa a funcionar até o final de 95
ANDRÉ MUGGIATTI
O custo estimado para a implantação do projeto é de R$ 10 milhões, valor equivalente ao da construção de quatro Caics (Centro de Atenção Integral à Criança), as escolas em tempo integral do governo federal. O sistema é resultado de parceria entre a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus, que financia o projeto) e o instituto Euvaldo Lodi, ligado à Confederação Nacional da Indústria. Serão instalados na região 500 telepostos (espécie de sala de aula eletrônica). O objetivo é alfabetizar 500 mil alunos em quatro anos. A Amazônia foi escolhida para iniciar o projeto devido às suas peculiaridades, como o difícil acesso a vários pontos da região. Por ser uma região cortada por muitos rios, em algumas áreas só é possível chegar após longas viagens de barco. Além disso, destaca-se o alto índice de analfabetismo. Em algumas áreas, até 90% dos adolescentes são analfabetos. Depois da implantação na Amazônia, o projeto será estendido para todo o país. A primeira fase deverá entrar em funcionamento em novembro, em 27 municípios do Amazonas, nos quais serão instalados 80 telepostos. Ao todo, haverá 180 telepostos no Amazonas, 140 em Rondônia, 100 no Acre, 60 em Roraima e 20 no Amapá. Cada teleposto terá um kit de 140 fitas de vídeo, além de material didático impresso. Nas salas de aula, uma equipe de cinco ``orientadores de aprendizagem" (substituto do professor) vai ajudar a esclarecer dúvidas. O conteúdo das fitas deverá compreender assuntos como alfabetização de adolescentes e adultos, valorização da cidadania, introdução à informática e a importância da fixação do homem no campo. Os temas estarão relacionados à realidade da vida na Amazônia. Texto Anterior: Polícia teme aumento de acidentes na Dutra Próximo Texto: Tentativa fracassou nos anos 70 Índice |
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