São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 1995 |
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Taxas para julho sobem no mercado futuro
RODNEY VERGILI
O mercado interpretou que a queda nos juros será gradual e de médio prazo através da diminuição nos depósitos compulsórios dos bancos no Banco Central. Representantes do governo já haviam adiantado a parlamentares que o afrouxamento ao crédito não deve acontecer antes de 60 dias. A estimativa de juro para julho no mercado futuro passou de 3,98% no dia anterior para 4% ontem. Os indicadores de preços das Bolsas de Valores fecharam ontem com fortes altas. O índice Bovespa registrou alta de 3,51% e o indicador Senn (Rio) teve valorização de 2,6%. O mercado aguarda o reajuste de todas as tarifas públicas que estejam defasadas e as ações das estatais lideraram as altas na Bolsa paulista. Os papéis Cesp PN acusaram valorização de 8% em suas cotações. A decisão do Congresso de rejeitar o regime de urgência para o tabelamento de juros reais (acima da inflação) de 12% ao ano também foi considerada positiva para as Bolsas. As cotações no mercado cambial ficaram estáveis. O Banco Central realizou leilão no mercado flutuante, vendendo dólar a R$ 0,92. O intervalo de variação do dólar é entre R$ 0,91 e R$ 0,99, mas no curto prazo o mercado está acreditando que o Banco Central quer manter as cotações entre R$ 0,918 e R$ 0,920. O governo realizou ontem leilão de BBCs (Bônus do Banco Central) retirando dinheiro da economia. As BBCs foram colocadas junto aos bancos com taxa de over de 5,61% ao mês, dentro do que o mercado esperava. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,148%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,66% para dias úteis, projetando rendimento de 4,04% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,69% ao mês, com rendimento de 4,06% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 3,4253%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 38% e 64,10% ao ano. CDBs pós-fixados para 122 dias entre 12,9% e 13,1% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,48% ao mês, projetando rentabilidade de 4,70% no mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 70% e 135% ao ano. No exterior Prime rate: 9% ao ano. Libor: 5,81% ao ano AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 3,51%, fechando com 36.613 pontos e volume financeiro de R$ 274,6 milhões. Rio: valorização de 2,6%, encerrando a 16.951 pontos e movimentando R$ 24,48 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou a 4.542,61 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou com 2.492,60 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 14.759,05 pontos ontem. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,918 (compra) e R$ 0,919 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,917 (compra) e por R$ 0,919 (venda). ``Black": R$ 0,917 (compra) e R$ 0,927 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,920 (compra) e R$ 0,925 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,910 (compra) e R$ 0,935 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,17%, fechando a R$ 11,45 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até 26 de junho foi positivo em US$ 23,37 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 566,58 milhões. O saldo total está positivo em US$ 543,21 milhões. No exterior Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5840 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3845 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 84,15 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 389,90. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para junho fechou a 4,05% no mês e para julho a 4,00% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para agosto ficou a 38.500 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para junho fechou a R$ 0,924 e a R$ 0,949 para julho. Texto Anterior: Mensalidade de seguro-saúde sobe em julho Próximo Texto: Fábricas pedem prazo maior para crédito Índice |
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