São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 1995
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O Lobo Zagallo rege a marcha de Souza

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, o velho Lobo do futebol Zagallo coloca hoje em ação o time possível para se preparar para a Copa Soy Loco Por Ti América.
No gol, não há o que contestar: Danrlei, apesar da juventude, é o melhor goleiro do Brasil, ao lado do Paulo César da Portuguesa, o Preud'Homme do Canindé.
Aliás, ando desconfiado que nunca o país passou por uma oferta tão grande de bons goleiros: além dos dois citados, do Taffarel e do Dida, do Zetti, tem o Ronaldo, o Roger... Opções não faltam.
A linha de zaga não tem muito segredo. Faltam revelações para as laterais, mas Jorginho ainda dá conta do recado e Roberto ``Eu Sou Terrível" Carlos anda mandando uma brasa, mora.
Como o velho Lobo do futebol Zagallo resolveu poupar os times que estão nas finais do Campeonato Paulista, fica de fora novamente o Antônio Carlos.
Mas Célio Silva e Gilmar, da Portuguesa, merecem a atenção do técnico.
Com o Mauro Silva ainda em recuperação, Dunga e César Sampaio fazem a dupla varredora da intermediária.
Mas não é difícil prever que o Zé Elias terá lugar de titular no futuro deste time.
Hoje, sem o Pequeno Grande Júnior, o velho Lobo do futebol Zagallo vai na marcha de Souza. É uma boa aposta.
Mas o grande problema neste meio-campo está em outra camisa. A do Zinho. Por ali, o meu candidato é o Rivaldo. Como ele não foi, a formação ideal seria a dupla Souza e Juninho.
Ou ainda um dupla com o Sávio, que é rápido e perigoso na condução da bola dominada, e o Juninho, liberando o duo de atacantes para os eminentemente matadores Edmundo e Túlio.
Mas, diante das circunstâncias, a seleção possível do Lobo Zagallo tem carisma para uma boa performance na Copa América. Vamos ver como se comportarão os miguelitos do Daniel Passarella.

A Copa Soy Loco Por Ti América não é a mesma sem o chileno Ban Ban Zamorano, o homem do plano Real, de Madri.

Há muitos anos um Corinthians e Portuguesa não despertava tanto interesse quanto este que será disputado sábado no combalido próprio da municipalidade.
Para a Portuguesa -um time modular, com os encaixes perfeitos, redondinho-, uma vitória seria colocar os merecidos dois pés na final do Paulista.
Um empate já seria de bom tamanho: manteria os saudáveis três pontos positivos de diferença com o Corinthians.
Mas uma vitória do alvinegro alteraria radicalmente a situação deste grupo: Corinthians e Portuguesa liderariam com sete pontos. Na hipótese de o Santos passar pelo União, ele iria a quatro pontos.
Jogaria contra a Portuguesa, à beira-mar, no outro fim-de-semana, por uma vitória que o deixaria em condições de decidir a vaga com o Corinthians, novamente em Ribeirão Preto.
A chave está nas mãos do Candinho.

A volta do moleque saci Edílson é uma arma quente para o clássico do exílio deste domingo, lá no Rose Bowl paulista.

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