São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 1995 |
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Só lá mesmo
CARLOS SARLI Só em um país com 14,5 milhões de praticantes de patins in-line para um evento como os Extreme Games dar certo.Com milhões de dólares envolvidos, patrocinadores do porte da Taco Bell, AT&T, entre outros, 350 atletas estarão brigando pelos US$ 350 mil em prêmio. Entre os 350 atletas estão dois brasileiros. Serão 50 horas de transmissão ao vivo pela TV para os quatro cantos da nave-mãe, reunindo alguns dos principais esportes que já foram rotulados de radicais, de ação, outdoor e, mais recentemente, extreme. Iniciado no último sábado, e com duração de uma semana, os Extreme Games estão programados para acontecer a cada dois anos. A iniciativa e organização do evento, impecável, estão a cargo da ESPN, rede de TV a cabo norte-americana. No Brasil, o Extreme Games vem sendo transmitido todas as noite pela ESPN Brasil, da TVA, com locução e comentários do jornalista Paulo Lima. São 12 modalidades. Algumas bastante conhecidas, como o skate e o windsurfe. Outras menos, como o bungy jump, saltos de uma plataforma, no caso um enorme guindaste, que deixou de ser diversão de maluco e foi alçado à categoria de esporte. Até alguns absolutamente desconhecidos, como o street luge, uma espécie de carrinho de rolemã com tecnologia de F-1, e o kiteski, um tipo de windsurfe cuja vela serve como asa a partir de uma certa velocidade. O que mais me chamou atenção até o momento nos Extreme Games foi o skysurfe. O esporte já é alucinante, e ganhou mais emoção pelo formato determinado pela organização, que levou em consideração o desempenho das duplas, skysurfer-cinegrafista. Para a televisão, talvez seja o esporte mais bem adaptado. Outro destaque das competições são os competidores com idade avançada entre os líderes em certas modalidades. É o caso de Angelika Castaneda, 52, integrante do time que lidera o eco-challenge. O eco-challenge é uma competição que combina força e habilidade física e mental, e mistura escalada, caminhada, rapel, mountain-bike, rafting e vela. A iniciativa da TV e o apoio dos grandes patrocinadores, lá nos EUA, são exemplos que devem ser seguidos e mostram a força dos esporte alternativos. Texto Anterior: O Lobo Zagallo rege a marcha de Souza Próximo Texto: Notas Índice |
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