São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Aumentam as reclamações de atrasos de vôos em 95

DANIELA FERNANDES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Erramos: 11/07/95
Diferentemente do que foi publicado em legenda à página 3-4 ( São Paulo) de 3/7, a foto não é do saguão do aeroporto de Bruxelas, na Bélgica.
Aumentam as reclamações de atrasos de vôos em 95
O passageiro que se vê obrigado a passar mais tempo no aeroporto do que o previsto deve saber quais são os procedimentos que devem ser adotados pelas companhias aéreas em caso de atraso do vôo.
Atrasos podem ocorrer a qualquer momento, por vários fatores (condições meteorológicas, pane do avião, congestionamento do tráfego aéreo etc.), e acabar com a euforia da viagem.
Em 95 o DAC (Departamento de Aviação Civil) registrou 103 reclamações sobre atrasos aéreos, número que supera o total de 95 queixas no ano passado
As companhias aéreas podem atrasar até quatro horas sem precisar arcar com despesas de hospedagem, alimentação, transporte ou devolução da passagem, conforme determina o Código Brasileiro de Aeronáutica (veja texto ao lado).
Mas se a demora, mesmo inferior a quatro horas, causou algum tipo de dano ao passageiro, ele pode pleitear uma indenização, diz Maria Stella Gregori, 36, técnica do Procon (Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor).
Francisca Alves de Souza, 39, passou a noite do último dia 14 no aeroporto de Bruxelas (Bélgica) esperando o momento de embarcar para São Paulo.
O vôo da Vasp havia decolado, conforme o horário previsto, às 22h30 horas. ``Assim que o comandante começou a falar sobre a segurança do avião, ele nos informou que a aeronave estava com problemas no motor e que deveríamos voltar para Bruxelas, onde fizemos um pouso de emergência à meia-noite", afirma Francisca.
Ela diz que a companhia havia prometido uma outra decolagem em duas horas e que isso só foi ocorrer na manhã seguinte, às 10h55. Segundo ela, após algumas horas de espera no aeroporto, os passageiros -cerca de 300- pediram cobertores, comida e pediram para ir a um hotel.
Segundo Francisca, as solicitações não foram atendidas. ``Eles diziam que não adiantaria ir para o hotel porque o vôo sairia em duas horas. Ficamos todos aguardando no aeroporto", diz ela.
A assessoria de imprensa da Vasp afirma que a companhia não estava em condições de dar um atendimento melhor porque não havia estrutura no aeroporto para receber o avião de volta. A empresa diz ainda que um hotel foi providenciado para os passageiros que solicitaram.
O vendedor internacional Sérgio Veiga, 30, enfrentou um atraso de duas horas de um vôo da Varig na quarta-feira passada. Ele diz que não perdeu nenhum compromisso porque estava voltando de Belo Horizonte, onde tinha ido a trabalho, para São Paulo. A Varig afirma que o atraso ocorreu devido a um pouso extra que o avião teve que fazer em Petrolina (PE) para pegar passageiros de um outro avião, que havia sofrido uma pane.

Texto Anterior: WALTER CENEVIVA
Próximo Texto: Companhias podem ter que pagar multa e indenização
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.