São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995 |
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Lavrador foi 'morto' na listagem
ABNOR GONDIM
violação de direitos humanos entregue ao Ministério da Justiça. Na lista, ele é citado como morto em Conceição do Araguaia (sul do Pará), em 13 de agosto de 1992. Na realidade, nesse dia, ele escapou de dois tiros disparados por pistoleiros que o esperavam no quintal de sua casa. A assessora Ana Maria Bierrenbach, do Departamento de Direitos Humanos do Itamaraty, assumiu a culpa pelo erro. Avisada pela Folha, ela enviou um comunicado ao Ministério da Justiça para corrigir a informação. ``Graças a Deus, ele amanheceu hoje ao meu lado e está bem vivo", disse à Folha, por telefone, a mulher do agricultor, Luiza Oliveira Gomes, 39. Conceição do Araguaia, no sul do Pará, integra a chamada região do Bico do Papagaio, uma das áreas rurais mais violentas do país. Na época do atentado, ele era membro da CPT (Comissão Pastoral da Terra), entidade ligada à Igreja Católica. Hoje, Nascimento é sócio do sindicato dos trabalhadores rurais do município. Dedica-se à organização dos sem-terra e à luta contra o trabalho escravo. ``O erro foi nosso", disse Bierrenbach. Segundo ela, a ONU enviou a denúncia como se Nivaldo tivesse morrido no atentado. (AG) Texto Anterior: Ministro nega ter sido pressionado Próximo Texto: Carvalho Pinto tem pouco tráfego Índice |
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