São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995
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Futebol da capital desaponta a torcida na festa do interior

MATINAS SUZUKI JR.
ENVIADO ESPECIAL A RIBEIRÃO PRETO

Na festa do interior, o futebol da capital ficou devendo.
Palmeiras e São Paulo foram incapazes de quebrar o silêncio do velho placar do estádio Santa Cruz, o nosso Rose Bowl, em Ribeirão Preto, a Califórnia brasileira.
Mas os zeros à esquerda e à direita do placar, a sua mudez anticlimática, não foram suficientes para calar as vozes deste lado de cá do Brasil que, de quando em quando, rompe o seu bem calculado silêncio para espalhar a sua adrenalina revitalizadora por toda nação.
Apesar do jogo daqui ter sido o único 0 X 0 até agora no octogonal do Campeonato Paulista de 1995, o evento futebol sai mais uma vez fertilizado, engrandecido, da terra preta e hospitaleira (dois sinônimos de terra fértil) de Ribeirão.
Se o Palmeiras não volta do seu ``déjeuner sur l'herbe" interiorano com a cota 100 de felicidade, ainda assim, o convescote foi útil.
O outro resultado do Grupo 1, a derrota em Campinas do Guarani diante do Mogi Mirim por 2 a 1, também contribui para a meia-satisfação palmeirense.
O alviverde fica na cabeceira da chave com cinco pontos, seguido do São Paulo e do Mogi Mirim, com quatro.
O Guarani, em último lugar na chave, conquistou três pontos até aqui.
O Palmeiras deixou escoar uma vitória relativamente fácil no primeiro tempo.
Nílson e Edílson perderam a oportunidade de marcar em pelo menos três situações ululantes de gol.
Neste ato, o São Paulo limitou-se a tentar jogar a bola para o campo inimigo conforme a ocasião permitia -e elas foram escassas.
No segundo tempo, sem Amaral (substituído por Wágner) o meio-campo palmeirense perdeu o controle do jogo -que ficou mais aberto- e o São Paulo cresceu um pouco na partida. Não o bastante, porém, para mudar a história do jogo.
Fica para daqui duas semanas, aqui neste mesmo local, a oportunidade para Palmeiras e São Paulo devolverem com indexação e juros brasileiros o zero a zero de ontem.
E para decidir quem vai à final.

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