São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995
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Torcida se divide até no chope

MATINAS SUZUKI JR.
DO ENVIADO A RIBEIRÃO PRETO

Uma inusitada invasão de pista no aeroporto para receber o time do São Paulo, rádios do interior falando para o mundo, jogadores japoneses, famílias na magnética.
O futebol aqui na Califórnia brasileira é tão igual e tão diferente (na Califórnia é diferente, lembra o Lulu Santos).
O Pinguim 1, ancestral casa da cerveja Antarctica, como não poderia deixar de ser, virou o QG verde e branco de tanta gritaria.
Em frente, o Pinguim 2, mais jovem, virou a praia da turma tricolor. Divisão das águas, divisão das galeras, divisão dos chopes.
O contraste com o como era vazio o meu vale do Pacaembu, no sábado, foi chocante. No Rose Bowl, havia um verdadeiro patchwork de placas publicitárias.
No Pacaembu do sábado, apenas duas peças de um marketing agônico, desoladoras como um fim-de-festa.
O fut aqui joga nos novos campos do senhor da bola.
Parodiando Guimarães Rosa, eu diria que o Sertãozinho (um das cidades símbolos das mudanças da região) está em toda parte.
Ribeirão Preto. Em todas as cores do fut.

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