São Paulo, terça-feira, 4 de julho de 1995 |
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``CDBzão" só ganha com inflação baixa
RODNEY VERGILI
O professor de matemática financeira José Dutra Vieira Sobrinho elaborou uma tabela (veja ao lado) mostrando que as novas cadernetas são bastante atraentes em relação às tradicionais, se a taxa de inflação cair. A TR (Taxa Referencial) corrige os saldos das cadernetas de poupança. Se a TR que tende a acompanhar a inflação cair para um patamar de 1%, a caderneta tradicional renderia num período de três meses -4,58%- enquanto a nova pagaria 6,10%. Vieira Sobrinho diz que, para uma TR de 6,715%, as rentabilidades líquidas das duas aplicações se equivalem. Se a inflação superar 6,715% ao mês, as cadernetas tradicionais passam a render mais que a nova modalidade. Como é o CDBzão O prazo mínimo da nova aplicação financeira (CDBzão) é de três meses. Os depósitos a prazo de reaplicação automática terão por remuneração a TBF (Taxa Básica Financeira). A TBF será calculada a partir da remuneração mensal média dos Certificados de Depósito Bancário prefixados dos 30 maiores bancos do país. Os depósitos poderão receber prêmio (juro) em função do prazo de permanência na conta. O Bradesco iniciou ontem sua captação na nova aplicação financeira exigindo valor mínimo de R$ 5.000. O BCN trabalhou com valor mínimo de R$ 500. O Bamerindus exigiu valor mínimo de R$ 5.000. Outros bancos estudam o lançamento do novo CDB. Roberto Parente, diretor do Bradesco, diz que a instituição estuda pagar um prêmio (juro maior) para os investidores que deixarem o dinheiro aplicado por prazos maiores. Ontem, porém, o banco procurou captar pelo prazo mínimo da aplicação que é de três meses e com a remuneração pela Taxa Básica Financeira integral. Ele entende que a nova aplicação será mais atraente para o investidor tradicional em CDBs. Texto Anterior: Mercado projeta juro de 4% para este mês Próximo Texto: Fundos mudarão gradualmente Índice |
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