São Paulo, terça-feira, 4 de julho de 1995
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Fundos mudarão gradualmente

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central quer reduzir o rendimento do fundão e transformar o fundo de commodities em uma aplicação de maior risco e sem a liquidez diária que existe hoje após o prazo mínimo de 30 dias.
As mudanças não devem acontecer antes de agosto e incluirão uma transição. ``Os aplicadores terão um prazo para que possam sacar seu dinheiro pelas regras antigas, se não gostarem do novo perfil das aplicações", disse ontem o chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Darcy.
O objetivo é levar os aplicadores a deixar seus recursos nos bancos durante mais tempo, abrindo caminho para a queda dos juros de curto prazo.
As aplicações de curto prazo continuariam existindo, mas com rendimentos menores.
Segundo Sérgio Darcy, poderia haver um aperto maior no compulsório sobre o fundão, ou seja, nos recursos que os bancos são obrigados a recolher ao BC quando recebem depósitos.
Hoje, o BC paga aos bancos juros de mercado pelos recursos recolhidos como depósitos compulsórios sobre o fundão. Uma das alternativas seria passar a remunerar estes recursos a 80% dos juros de mercado.
Para o fundo de commodities, a idéia é dar liberdade aos bancos, permitindo rendimentos bem acima da média do mercado, mas com o risco de prejuízo para aplicadores.
Acabaria a obrigatoriedade que existe hoje de aplicação de 20% dos recursos do fundo em títulos públicos.
A aplicação em títulos públicos garante ao fundo taxa próxima à média do juro de mercado. Sem esta obrigação, os fundos poderão aplicar integralmente em commodities -produtos agropecuários. Este de investimento permite ganhos altos, mas se cai o preço dos produtos em que um determinado banco está aplicando, o fundo renderia abaixo da inflação.

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