São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Itaú compra o BFB por R$ 438 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Itaú comunicou ontem que fechou acordo para a compra do Banco Francês e Brasileiro (BFB), por R$ 438 milhões. O acordo foi firmado com o Crédit Lyonnais, banco francês, que tem 54% BFB.
O presidente do Itaú, Roberto Setubal, informou que o BFB não será incorporado. Continuará operando com sua marca e suas agências, apenas sob controle do Itaú.
O preço do BFB poderá variar R$ 30 milhões, para cima ou para baixo, depois de apurado o balanço do primeiro semestre. Cada lote de mil ações está sendo negociado a R$ 280, um preço que vai interessar os acionistas minoritários.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, submetida a fortes quedas desde a crise do México, esse lote do BFB já esteve valendo entre R$ 110 e R$ 115. Foram feitos negócios a R$ 140.
Roberto Setubal apresentou duas razões para o interesse do Itaú: o BFB é um bom banco; e tem presença forte em segmentos nos quais o Itaú é menos ativo, como atendimento a clientes pessoa física de alta renda e financiamento de operações externas.
O Itaú está em processo de forte expansão, especialmente no sentido da internacionalização. Recentemente, associou-se com Bankers Trust, para montar um banco de investimento, e está abrindo bancos na Argentina e Europa.
O Itaú é um gigante de 1.905 agências e postos, como 5 milhões de clientes. O BFB é um banco de médio para pequeno, com suas 45 agências e 80 mil clientes, sendo 50 mil de alta renda.
O processo de aquisição do BFB levará cerca de 90 dias, tempo necessário para que se formalizem as necessárias aprovações do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários, pelo lado brasileiro.
O Crédit Lyonnais tomou a decisão de se desfazer de todos os bancos de varejo que mantém na América Latina. No ano passado, teve prejuízo de US$ 830 milhões. Com a venda do BFB, receberá no mínimo R$ 147,5 milhões e, no máximo, R$ 252,7 milhões.
O responsável do Crédit Lyonnais pela América Latina, Christian Pehuet, presente ao anúncio do negócio ontem, em São Paulo, disse que o preço foi bom.

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