São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995
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Telefonia interativa faz triagem de depressão

DA REDAÇÃO

Um sistema telefônico interativo pode ser a base de uma abordagem eficaz e barata de realizar uma triagem psiquiátrica da depressão.
A conclusão é de pesquisadores que publicaram os resultados de um estudo na edição passada da "Jama", a revista da Associação Médica Americana.
Lee Baer e colegas, da Escola Médica Harvard, em Boston (EUA), testaram durante duas semanas (entre setembro e outubro de 1994) o sistema telefônico computadorizado.
O sistema telefônico baseia-se na interação entre gravações digitalizadas e as respostas de voluntários pelas teclas do telefone.
Os sintomas de depressão foram avaliados de acordo com a maneira como os voluntários digitavam as respostas.
O questionário automatizado podia ser respondido em menos de dez minutos.
Segundo os pesquisadores, 70,6% dos voluntários que completaram o questionário receberam diagnóstico de depressão leve.
Outros 32,7% receberam o diagnóstico de depressão leve a moderada; 25,8%, de moderada a acentuada; e 12,1%, de depressão severa e muito severa.
A maioria dos voluntários que receberam o diagnóstico de depressão nunca havia recebido tratamento antidepressivo antes.
Cerca de dois terços deles disseram que a chamada tinha ajudado pelo menos "moderadamente".
Os voluntários foram convidados a participar do teste por meio de anúncios em diversos meios de comunicação, inclusive correio eletrônico.
"Esse é, até onde sabemos, o primeiro relatório sobre o uso de tecnologia telefônica barata e imediatamente disponível como método de triagem para um distúrbio mental comum", escreveram os autores do estudo.
Segundo os médicos, custos trabalhistas, diagnósticos e terapêuticos contra a depressão estão na ordem, nos EUA, de US$ 43,7 bilhões anuais (dados de 1990).

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