São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995 |
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Seleção tenta quebrar tabu Brasileiros jamais conquistaram Copa América fora de casa MARCELO DAMATO
Os resultados da fase de preparação foram animadores: em nove jogos, oito vitórias e um empate -este, contra Honduras, um dos mais fracos adversários, em uma partida prejudicada por um verdadeiro dilúvio. Nos amistosos, mesmo obrigado a mudar bastante a lista de convocados a cada partida por conta de acordo da CBF com os clubes (no total, foram testados 55 jogadores), o técnico Zagallo conseguiu manter um padrão de jogo. Primeiro, o sistema 4-3-1-2 -ou quatro defensores, três meias, um homem de ligação entre o meio-campo e o ataque e dois atacantes-, que fez a equipe voltar a jogar ofensivamente. Segundo, o meia são-paulino Juninho, inquestionavelmente dono da camisa 10 da seleção, e que corresponde ao ``1" do sistema. Movendo-se por todo o campo e não fugindo das entradas duras, Juninho tem se mostrado o jogador mais perto do ideal para um torneio como a Copa América. A seleção tem, ainda, outros pontos fortes. A defesa é comandada pelo zagueiro Aldair. Os laterais têm características diferentes. Roberto Carlos, pela esquerda, participa menos da armação, mas apóia mais, com finalizações de meia distância. Jorginho, pela direita, é melhor nos cruzamentos e na marcação. No ataque, Zagallo tem problemas por excesso de opção: Sávio, Túlio, Edmundo e Ronaldo. O ponto fraco do time é o sacrifício exigido ao jogador que ocupa a meia esquerda -atualmente, Zinho. Ele tem que marcar como volante e avançar mais do que César Sampaio e Dunga. Depois de um tempo de partida, o jogador já se encontra esgotado. No jogo contra a Inglaterra, por exemplo, apareceu um buraco naquele setor. O técnico Zagallo corrigiu, mas à custa de mudar um pouco o esquema tático. O outro problema é o gol. O goleiro Danrlei, que substitui Taffarel no dois primeiros jogos, se encontra nervoso na seleção, segundo o próprio treinador de goleiros do time, Wendell. (MD) Texto Anterior: Técnico perde confiança nos próprios jogadores Próximo Texto: Meia Juninho é destaque tático dos brasileiros Índice |
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