São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995
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Meia Juninho é destaque tático dos brasileiros

MARCELO DAMATO
DO ENVIADO AO URUGUAI

Com sete partidas pela seleção brasileira, o meia-atacante Juninho já se tornou um dos jogadores mais importantes da seleção brasileira, se não o principal. O técnico Zagallo sabe que ele cumpre como ninguém a função de elo do meio-campo com o ataque, a principal do seu esquema.
Aos 22, o jogador tem, como qualidades, obediência tática, iniciativa, visão de jogo e disciplina e só ``fracassa" quando o assunto é tamanho, o único motivo que impediu o Milan, da Itália, de fazer uma oferta por ele.
Suas atuações no Torneio da Inglaterra causaram tanta impressão que ele ganhou um elogio (``um potrinho com coragem de leão") e, este mês, uma proposta de US$ 6 milhões para jogar no Aston Villa -oferta recusada pelo São Paulo.
(MD)

Folha - Até onde pode ir essa seleção na Copa América?
Juninho - Espero que até o título. Condições para isso o grupo tem e já mostrou isso. O Brasil nunca ganhou a Copa América fora de casa e seria uma conquista inédita.
Folha - Qual é a característica desta seleção?
Juninho - É uma equipe jovem, com certeza. Penso também que é uma equipe técnica, que joga com velocidade e também é aplicada na marcação.
Folha - Você considera esta geração uma das melhores já surgidas no Brasil?
Juninho - Este grupo é muito bom, mas, no Brasil, sempre houve bons jogadores. Aprendemos que a técnica não é tudo numa equipe. É preciso determinação para ganhar.
Folha - Você teme a violência na Copa América?
Juninho - Não tenho medo, mas é lógico que fico preocupado. Espero que os juízes estejam orientados a coibi-la. Assim, quem jogar futebol vai levar vantagem.
Folha - Por que você acha que se adaptou tão rápido à seleção?
Juninho - Eu procuro sempre jogar da mesma maneira, seja no Ituano, no São Paulo ou na seleção. Assim, não há problemas.
Folha - Depois de sua atuação no Torneio da Inglaterra, vários clubes europeus têm mostrado interesse em comprar seu passe. Você quer jogar na Europa?
Juninho - Sinceramente, eu não penso nisso agora. No futuro, pode ser uma experiência interessante, mas, por enquanto, pretendo continuar no São Paulo e na seleção.

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