São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995 |
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Show de Laurie Anderson encerra evento
JAIR RATTNER
O espetáculo tem como tema o tempo: "Para mim, `The Nerve Bible' é sobre a forma como vemos o tempo, com muitas imagens ligadas a isso, como um pequeno despertador, um código de tempo e metrônomos, contou Laurie, que tornou-se famosa com os discos "Mr. Heartbreak" e "Home of the Brave". O espetáculo junta um show de duas horas e computadores. Na entrada do Coliseu, vão estar colocados vários equipamentos com o CD-ROM "Public Motel", criado por Laurie. O CD-ROM conta com mais de 12 horas de música, com imagens e histórias virtuais. "The Nerve Bible" também procura ser um trabalho visual, com imagens em telas em movimento. O nome do show é uma metáfora que relaciona o ser humano com um livro. "O espetáculo conta histórias sobre o corpo como um livro vivo. Chamei de bíblia porque é um livro que tem um começo e um fim muito definidos." O show conta com uma pequena parte traduzida para o português, que Laurie lê através do alfabeto fonético, uma forma encontrada para aproximar o público dos conteúdos. Na música "Mundo Sem Fim", sobre a memória, Laurie usa uma câmara de vídeo colocada na ponta do arco do seu violino, com a imagem projetada num telão. "Muitos shows ao vivo usam vídeos, mas isso é como colocar a performance numa TV, em que tudo fica simpático e esterilizado. Este vídeo é em tempo real, mas com uma superposição de imagens que funciona com um filtro", explica. Laurie conta como chegou a trabalhar com Marisa Monte, em Nova York: "Foi um acaso. Estávamos trabalhando no mesmo estúdio. Ela me chamou para participar do disco dela. Depois fui eu que a chamei para fazer um vocal para o meu disco". Texto Anterior: `Casseta & Planeta' satiriza onda esotérica Índice |
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