São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995 |
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Para empresas, negociação não muda
VERA BUENO DE AZEVEDO
Esta é a conclusão de pesquisa da Julio Lobos Consultores Associados, junto a 149 empresas. Esse resultado vai contra a intenção do governo, de que os reajustes levem em conta os resultados (lucro, produtividade etc.) de cada empresa. A pesquisa indica, entretanto, que a falta de interesse na negociação direta não é fruto de despreparo das empresas. Do total, 39,6% declararam estar preparados para negociar diretamente com os sindicatos, 50% afirmaram ter algum grau de preparo e apenas 10,4% julgam não poder negociar. A figura do mediador também parece não ter muita credibilidade. Embora 37,5% tenham declarado que o mediador evitará a instauração de dissídios coletivos na Justiça do Trabalho, 62,5% afirmaram que ele só será utilizado em situações específicas pontuais; não será bem utilizado, caindo em desuso; ou não será acionado. A maior parte dos empresários não acredita ainda em mudança no comportamento da Justiça do Trabalho ao julgar dissídios coletivos. Apenas 8,2% declararam que a Justiça adotará índices que possam medir a performance do setor econômico ou da empresa, como pretende o governo através da MP, e 16,3% disseram que a Justiça acatará a recomendação do mediador. Os salários continuam sendo a maior preocupação dos empresários. Em uma pergunta na qual poderiam escolher mais de uma resposta, 59,2% declararam que o maior problema de suas empresas nos próximos seis meses será a reposição salarial e 46,9% a participação nos lucros ou resultados. Texto Anterior: BB contrata empresa sem fazer licitação Próximo Texto: OPINIÃO DAS EMPRESAS SOBRE AS NOVAS REGRAS DE NEGOCIAÇÃO Índice |
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