São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995 |
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Bancada do PL apoiou nomes para alfândega em Cumbica
LUCIO VAZ
O deputado João Mellão Neto (PFL-SP) assinou, com Costa Neto e mais três deputados do PL, um ofício que indicava Péricles de Oliveira Soares para o cargo de superintendente da Receita em São Paulo, em 19 de outubro de 92. No dia 16 de dezembro de 92, Mellão e Costa Neto assinaram outro ofício com a indicação de Marco Aurélio Busse Pereira para inspetor da Receita em Cumbica. Costa Neto divulgou cópias dos ofícios ontem. Mellão afirmou que o cargo em Cumbica era ``reserva pessoal" de Costa Neto. Nas cópias dos ofícios, Costa Neto encobriu o nome dos outros deputados que apoiaram as indicações. Perguntado sobre as indicações do líder do PL, Melão afirmou: "Quando ele pedia apoio da bancada, nós ponderávamos que não teria sentido se meter com a Receita". Acrescentou que os pedidos por cargos levaram à sua saída do PL. Informado sobre a divulgação dos ofícios, explicou suas assinaturas: "Isso é questão de solidariedade da bancada". Mellão afirma que não tinha interesse em indicar Busse: "Eu nem o conhecia. Este ofício é da lavra dele (Costa Neto). Assinei assim como assinei 1 milhão de coisas que ele pediu". Costa Neto afirma que, após assinar as indicações, Mellão passou a pedir favores quando viajava. O líder do PL diz que Mellão ligou certa vez dos EUA, "pedindo uma recepção especial em Cumbica". O fato teria ocorrido em janeiro de 94. "Liguei para o Aramis Moraes (inspetor de Cumbica) e pedi a ele que recebesse bem o Mellão", diz. Mellão confirmou ontem que foi recebido por Aramis, mas não soube explicar como o inspetor foi informado sobre a sua chegada. Texto Anterior: Sem rumo, comissão quer receber denúncias Próximo Texto: Rio apura lista de 'atenção especial' Índice |
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