São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995 |
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BB contrata consultoria sem licitação
GUSTAVO KRIEGER
O objetivo do programa de demissões voluntárias é diminuir as despesas do banco. A assessoria deve durar pouco mais de três meses, entre 23 de junho e 30 de setembro. Segundo a assessoria de imprensa do BB, a DBM vai transferir ``tecnologia em processos de demissão voluntária". A dispensa de licitação é procedimento previsto pela lei 8.666, que regula as concorrências públicas. O órgão público pode dispensar a concorrência se considerar que a empresa contratada tem ``notória especialização" na área. Cabe ao TCU (Tribunal de Contas da União), que fiscaliza os contratos públicos, decidir se a dispensa de licitação foi aplicada corretamente. Custo O projeto de demissão voluntária custará R$ 600 milhões ao BB. O objetivo é reduzir e modernizar a sua estrutura administrativa. A DBM não participou da elaboração do plano de demissões, que foi criado pela própria diretoria do BB. A consultoria da empresa deve se limitar à administração das dispensas e ao treinamento de funcionários do banco. A diretoria do Banco do Brasil diz que não fez concorrência pública porque ``a DBM é a única empresa de consultoria do mercado brasileiro em condições de oferecer o conhecimento necessário neste tipo de programa". Segundo a assessoria técnica do BB, o banco consultou ``diversas empresas" de consultoria antes de escolher a DBM, ``mas só ela ofereceu a qualidade necessária". Greve Os funcionários do Banco do Brasil no Rio decidiram ontem, em assembléia geral, fazer uma paralisação de 24 horas no próximo dia 12. Cerca de 3.000 funcionários compareceram a assembléia. A paralisação vai ser em represália à política de enxugamento anunciada pela direção do banco, que prevê 15 mil demissões. Hoje, os funcionários realizam passeata pelo centro do Rio a partir das 17h. A passeata vai sair de frente da agência central do Banco do Brasil, na rua Senador Dantas, e vai se encerrar na Cinelândia. Texto Anterior: TCE quer conhecer culpados Próximo Texto: ONU prevê crescimento médio de 3% para 96 Índice |
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