São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995
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Senado ensina como aparecer na mídia

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Senado publicou uma cartilha ensinando o parlamentar a aparecer na imprensa. A publicação apresenta dicas dos horários em que a notícia deve ser divulgada, a forma de divulgação e considera positiva uma participação ``ridícula" no programa dominical ``Fantástico", da Rede Globo.
A cartilha foi elaborada pela Secretaria de Comunicação do Senado a partir de palestras de publicitários, jornalistas e especialistas em marketing político e pesquisa de opinião.
Reza a cartilha que ninguém vive sem propaganda. ``Marketing político não é uma prática exclusiva de campanha eleitoral. Deve ser praticado ao longo do mandato, até para o político ampliar seu espaço de poder", aconselha.
A publicação afirma que se o senador quiser uma boa divulgação para uma notícia, precisa apresentar documentos, números, informações precisas, agressividade e frases curtas e significativas.
``Combinar horário com agressividade é um boa receita para entrar na mídia", diz a publicação.
A cartilha lembra que para um discurso ou fato jornalístico entrar nos telejornais, por exemplo, deve ser divulgado antes das 11h, para os telejornais do meio-dia, e das 17h, para os telejornais noturnos.
A cartilha sugere uma participação maior do senador nos programas de rádio.
Segundo a publicação, o Brasil tem 3.000 estações de rádio e cerca de 80 mil aparelhos receptores.
``O retorno é fantástico e, em vez de batalhar entrevistas na época das eleições, o melhor é utilizar o rádio durante o mandato inteiro", afirma.
A publicação recomenda ao senador a preocupação com o ``critério de respeitabilidade". Segundo o texto da cartilha, a imagem do Senado na opinião pública é a de uma ``Casa de maus hábitos".
Na avaliação constante na cartilha, os parlamentares que são apanhados em ``situação ridícula" no quadro do jornalista Alexandre Garcia, no ``Fantástico", são bem recebidos pela opinião pública.
``Quando erram, demonstram que são iguais aos outros cidadãos. Isso humaniza as pessoas", diz o texto.

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