São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995 |
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Vírus que matou militar na selva é identificado
ROBERTO SAMORA
O vírus não provoca febre hemorrágica, como se suspeitava. Guimarães e mais dois outros militares infectados pelo vírus participaram do Cigs (Curso de Instrução e Guerra na Selva), do CMA (Comando Militar da Amazônia), na selva amazônica. Médicos do Hospital Emílio Ribas de São Paulo, que trataram dos outros dois militares infectados, suspeitavam que se tratasse de um vírus de classificação semelhante à do Ébola, que matou centenas de pessoas no Zaire (África). ``Talvez essa seja a primeira vez que o adenovírus é identificado no Brasil", disse Pedro Vasconcelos, 38, infectologista do Instituto Evandro Chagas. Vasconcelos afirmou que o adenovírus é transmitido por vias respiratórias e que ele provoca um quadro gripal, problemas respiratórios e conjuntivite. Algumas amostras do adenovírus foram enviadas para o laboratório das Forças Armadas dos EUA e também para o centro de controle de doença dos EUA. O Instituto Evandro Chagas, que fotografou e identificou o vírus, não tem os equipamentos adequados para identificar qual é a variedade de adenovírus (existem mais de 43). O oficial Genaro Machado Berkenkamp, internado no Emílio Ribas sob suspeita de estar contaminado com o mesmo vírus que matou Alberto da Silva, já saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Berkenkamp não corre mais risco de vida e deve ser transferido para o Hospital Geral do Exército de São Paulo. O outro militar, Marcos Vinícios Guimarães, está no Hospital do Exército de São Paulo. Ele também não corre risco e já consegue andar. Texto Anterior: Orla tem 94 prédios inclinados Próximo Texto: Prefeito quer instaurar toque de recolher para menores de 13 anos Índice |
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