São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995
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Cavallo espera superávit comercial

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

O ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, afirmou que houve aumento das exportações em junho e que espera um superávit na balança comercial de mais de US$ 400 milhões.
A declaração foi feita durante uma reunião de industriais argentinos com o presidente Carlos Menem, na terça-feira.
Cavallo antecipou que os cálculos das exportações em junho devem fechar em US$ 2 bilhões, contra US$ 1,6 bilhão de importações. Dessa forma, seria o terceiro mês consecutivo de superávit.
O presidente do Banco Central argentino, Roque Fernandez, afirmou ontem que retornaram aos bancos do país, em junho, mais de US$ 3 bilhões.
No total, saíram da Argentina desde o início da crise do México, em dezembro de 94, cerca de US$ 7,5 bilhões.
A fuga de capitais provocou uma crise no sistema financeiro argentino e consequente extinção e fusão de bancos.
Ontem, o Banco Central decretou a falência do banco privado Feigin, de Córdoba -uma das instituições que sofreu com efeitos da crise mexicana.

Córdoba
O governo de Córdoba conseguiu um empréstimo de US$ 100 milhões de seis bancos privados argentinos, com prazo de dois anos de pagamento.
O dinheiro deverá ser entregue à província até o início da próxima semana.
Além desse esforço, o Ministro da Economia da província, Jorge Caminotti, está pessoalmente mantendo negociações com um banco argentino para a obter mais US$ 50 milhões.
O governo de Córdoba deve US$ 130 milhões aos seus funcionários públicos -quantia referente aos salários de maio e de parte dos de abril.
No próximo dia 10, a província deve efetuar o pagamento de junho a seus 82,5 mil funcionários.

Manifestação
Não houve incidentes violentos, ontem, durante a greve e manifestação organizada pelos sindicatos do setor público em Córdoba.
Ontem, cerca de 3.000 manifestantes se encontraram na Praça Espanha, a 300 metros da sede do governo, e permaneceram no local por cerca de 45 minutos.
O governo da província deve, nos próximos dias, negociar com os dirigentes sindicais a eliminação de alguns pontos da lei de emergência.

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