São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995 |
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Argentina não crescerá em 95, diz ONU
CLÓVIS ROSSI
O ministro da Economia, Domingo Cavallo, garante que a Argentina crescerá cerca de 3% em 1995, um número ainda bastante razoável, embora inferior à metade dos 7% registrados em 94. No âmbito empresarial, a previsão é ainda mais pessimista. ``Avaliamos que o crescimento ou vai ser zero ou menos 1%", diz Dickson Tangerino, coordenador-geral do Grupo Brasil, que congrega cerca de 120 empresas brasileiras instaladas na Argentina. Esse poderá ser o primeiro retrocesso na economia desde o lançamento do Plano Cavallo. Crescimento e inflação baixa ajudaram a reeleger o presidente Carlos Menem, em maio passado, para um segundo mandato que se inaugura sábado e vai até 99. Mas a posse do presidente será turvada pelos amplos sinais de desaquecimento econômico. O governo admite: ``Houve uma clara diminuição no consumo de alguns itens", diz Juan Llach, secretário de Programação Econômica. Llach nega a recessão, acenando com o fato de que o consumo de energia elétrica cresceu 4.5% no 2º trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 94. Se indústria e comércio estão consumindo mais energia é porque não há uma queda de atividade tão generalizada. Estudos da respeitada Fiel (Fundação de Investigações Econômicas Latino-Americanas) dão razão a Llach. A recessão está no consumo interno mas há uma expansão dos setores que trabalham também para a exportação. O desemprego também está aumentando. No domingo, o matutino ``Clarín" vazou uma antecipação da nova estatística oficial, a sair este mês. Aponta um aumento do desemprego para entre 13,8% e 14,2%, portanto um novo recorde. Texto Anterior: Do outro lado do balcão Próximo Texto: Cavallo espera superávit comercial Índice |
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