São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Participação no PIB cai para 12%

DA REPORTAGEM LOCAL

Sérgio Magalhães, da Abimaq (que reúne os fabricantes de máquinas), acredita que os bancos são mais rentáveis porque ``a política do governo é favorável aos bancos".
Ele cita dois dados para listar as distorções provocadas na economia: 1) a participação dos bancos no PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas que o país produz) brasileiro é de 12%, enquanto em países de Primeiro Mundo fica ao redor de 7%; 2) banco, no Brasil, só serve para depositar dinheiro; quem pega emprestado, quebra.
A Febraban contesta as afirmações. Segundo a entidade, em 1989 os bancos representavam 24% do PIB. Os 12% atuais mostram que a participação foi reduzida pela metade.
Nos últimos cinco anos, o número de bancários caiu de 850 mil para 640 mil. No mesmo período, como fim das cartas-patentes (que limitavam a possibilidade de se formarem bancos no país), o número de instituições mais que dobrou: passando de 110 para 240.
Esse fato, segundo Maurício Schulman, nega uma das afirmações de Carlos Eduardo Moreira Ferreira, de que uma das razões para a rentabilidade dos bancos era a falta de competição. ``Não existe atividade mais competitiva", afirma, para depois acrescentar: ``Os dirigentes nos tratamos de forma cordial. Mas entre os gerentes, a briga é muito grande pelos clientes."
Schulman diz ainda que não é verdade que os bancos ganham dinheiro com o juro alto. ``A taxa de juros é alta por causa da cunha fiscal (dos impostos e compulsórios). O inimigo é o governo, não os bancos".
O estudo da Austin Asis diz que a boa rentabilidade dos bancos foi garantida com a cobrança de tarifas e com o ganho propiciado pela diferença entre o juro pago ao investidor e cobrado do tomador de crédito.

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