São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
SP assiste ``O Rei Artur" pela primeira vez
IRINEU FRANCO PERPETUO
Com: Madrigal Levare Quando: hoje, às 12h30 Onde: Grande Auditório do Masp (av. Paulista, 1.578, tel. 251-5644) Quanto: entrada franca São Paulo tem hoje a chance de assistir a uma semi-ópera. O Madrigal Levare apresenta ``O Rei Artur", de Purcell, às 12h30, no Masp, com entrada franca. ``Não é apenas a primeira encenação, mas também a primeira audição desta obra no Brasil", diz Nelson Campacci, regente assistente do Madrigal. A semi-ópera é um tipo de drama característico da Restauração inglesa. As cenas musicais são protagonizadas por personagens secundários da trama, enquanto a ação principal é declamada. O texto de ``O Rei Artur" foi escrito por John Dryden em 1684, como comemoração dos 25 anos da Restauração do trono inglês, em 1660, com a coroação de Carlos 2º, da dinastia Stuart. Apenas em 1691, entretanto, Dryden achou em Henry Purcell (1659-1695) o autor adequado a musicar seu texto. A récita de hoje homenageia o tricentenário da morte do maior compositor britânico de todos os tempos. O público que for hoje ao Masp verá ``O Rei Artur" em versão concerto. A encenação completa acontece em setembro, nos teatros Municipal e Paulo Eiró -desde que haja patrocínio. O espetáculo de hoje, que será gravado pela Rádio Cultura FM, dura cerca de uma hora, contra uma hora e quarenta da encenação normal. Foi mantida a maioria dos números musicais e o diretor cênico, Naum Alves de Souza, criou, a partir do original de Dryden, um texto em português para conectar as cenas -cantadas em inglês. ``Procurei tirar a imobilidade dos concertos", explica o diretor. O narrador, o ator Roberto Arduin, usa uma coroa para representar o rei Artur. O texto celebra Artur como o comandante das tropas bretãs contra o invasor saxão. A orquestra também é reduzida. Ela conta com dois trompetes, um violoncelo e um cravo. Quem se interessar pela obra pode ouvir as gravações de Alfred Deller, pelo selo Harmonia Mundi, Trevor Pinnock pelo Archiv ou John E. Gardiner pelo Erato. Texto Anterior: Brassaï revela Paris dos anos 30 Próximo Texto: Evento discute o jornalismo no cinema Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |