São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995
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Concessões à direita do partido são pequenas

GERRARD RAVEN
DA "REUTER", EM LONDRES

As mudanças no gabinete do premiê John Major oferecem poucos consolos para seus críticos à direita do partido.
As reformas foram obra de um novo Major, que deixou de lado sua imagem de apagado, com firme atuação nos últimos dias. Mas ainda não é certo se ele silenciará os "eurocéticos".
Mesmo se conseguir, ainda terá trabalho para vencer o Partido Trabalhista nas eleições gerais.
Major não manteve no governo John Redwood, que renunciou para desafiá-lo. Promoções limitadas a outros direitistas, como a transferência de Michael Portillo do Ministério do Trabalho (extinto) para o da Defesa, foram ocultadas por vitórias da centro-esquerda.
Michael Heseltine, que seria o favorito para a liderança se Major não tivesse vencido no primeiro turno, foi nomeado vice-premiê, comandando dez comitês e com importante papel político.
Brian Mawhinney, um dos coordenadores da campanha de Major, torna-se presidente do Partido Conservador. O posto-chave de Ministro do Tesouro foi do direitista Jonathan Aitken para o moderado William Waldergrave.
Malcolm Rifkind, que como chanceler dirigirá a política frente a seus parceiros europeus, tem uma reputação pró-Europa, ainda que não como seu antecessor.
Alguns pareciam dispostos, ontem, a conceder a Major o benefício da dúvida, ao menos agora.
``Cinco boas caras novas entraram no gabinete. Elas têm diferentes visões e parecem balanceadas", disse o ex-ministro Norman Lamont, aliado de Redwood.
Outros tinham suspeitas. O deputado Bill Walker dizia: ``Se o gabinete adotar políticas que ignorem os 111 que não deram apoio a Major, acho que suas dificuldades serão ainda maiores".

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