São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Novidades facilitam a viagem de deficientes

Guias e ônibus auxiliam viajantes em cadeiras de rodas

DO ``TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Alguns acontecimentos recentes vão interessar os viajantes de cadeiras de rodas.
O Hong Kong Tourist Board acaba de lançar a quarta edição de seu ``Guia de Acesso para Viajantes Incapacitados", um livrete de 60 páginas em chinês e inglês.
Baseado em pesquisas feitas em 1993, o livrete cobre transportes, bancos, hotéis, restaurantes, teatros, bibliotecas, museus e outros pontos de interesse.
O critério de acessibilidade para cadeiras de rodas é o de 92 cm de largura.
O livrete pode ser obtido gratuitamente na Hong Kong Tourist Association, 590, Quinta avenida, Nova York, EUA.
Outro lançamento, é o ``Roma Accessibile: Tourism and Social Obstacles" (Roma Acessível: Turismo e Obstáculos Sociais).
Distribuído gratuitamente pelo Conselho de Turismo da região italiana do Lácio, cuja capital é Roma, o livro contém textos em italiano, inglês, francês e alemão.
Foi compilado pelo Consórcio de Cooperativas Integradas, organização que representa grupos que ajudam deficientes no trabalho.
Sua presidente, Marta Nicolini, observa no prefácio que os empecilhos à entrada e utilização de instalações e serviços afetam não apenas deficientes físicos, mas também idosos, crianças, pessoas carregando bebês ou que estão temporariamente incapacitadas.
Infelizmente há poucos exemplares disponíveis do livro, que não tem nova edição prevista.
Mas, enquanto houver exemplares, eles serão enviados gratuitamente a qualquer biblioteca pública que o solicite, desde que o pedido inclua uma etiqueta com cola, indicando nome e endereço para onde devem ser remetidos.
Pedidos devem ser remetidos a Mary Kay Hartley, Itilhan Travel, 630, Quinta avenida, Suíte 1.565, Nova York, N.Y., 10.020, EUA.

Ônibus
A companhia de ônibus canadense Greyhound Lines anunciou em março passado a instalação de guindastes para cadeiras de rodas em algumas de suas linhas nas províncias de Colúmbia Britânica, Manitoba, Ontário e Alberta.
O sistema começou a ser testado em 1992, em Alberta, e hoje dez das 400 linhas de ônibus interurbanos da Greyhound canadense contam com o equipamento, que pode operar com cadeiras de rodas de até 81 cm de largura.
A Greyhound é a maior empresa de ônibus interurbanos do Canadá. Para a instalação do sistema, ela contou com a ajuda financeira da Transport Canada (equivalente ao Ministério dos Transportes).
Quem quiser utilizar o sistema precisa fazer uma reserva com 24 horas de antecedência, por meio dos telefones da Greyhound nas diferentes cidades ou pelo tel. (001-800) 661-8747, no Canadá.
A Greyhound dos EUA não tem guindastes em nenhum dos ônibus de sua frota de 1.900.
A lei referente aos deficientes nos EUA prevê que a partir de 1996 as grandes empresas de ônibus terão que fornecer guindastes para cadeiras de rodas. Mas nada foi feito ainda neste sentido.
A Greyhound norte-americana fornece passagens gratuitas para os acompanhantes de deficientes físicos. Às vezes, é exigido um comprovante da necessidade de viajar com um acompanhante.
Mais informações sobre assistência em viagens de deficientes nos EUA, nos ônibus da Greyhound norte-americana, podem ser obtidas pelo telefone (001-800) 752-4841. Quando o deficiente viaja acompanhado, o telefone para informações é (001-800) 231-2222.

Direito
Uma disputa sobre a reserva de um assento acessível para deficientes físicos -ou seja, um assento ao lado do corredor, com encosto de braço móvel- nos vôos da empresa aérea Continental foi resolvida a favor de um membro da Associação de Veteranos Paralisados do Leste dos EUA.
O processo foi movido por John D. Del Colle, usuário de cadeira de rodas que faz viagens frequentes entre Newark (Nova Jersey) e West Palm Beach (Flórida) com sua mulher, Elaine.
No processo foram citadas seis viagens feitas entre 2 de novembro de 1993 e 1º de março de 1994.
A cada vez o casal telefonava com antecedência para reservar um assento acessível de corredor. Duas vezes ouviram que tais assentos podiam ser obtidos e quatro vezes que não podiam.
Mas, cada vez que chegavam ao aeroporto, eram informados que esses assentos não podiam ser identificados e, portanto, não poderiam ser reservados.
Cada vez que subia no avião, o deficiente acabava encontrando um assento adequado.
A queixa formal foi registrada em junho de 1994. Em dezembro, o Departamento dos Transportes informou que, a partir daquela data, as companhias aéreas teriam que fornecer indicações sobre a localização dos assentos com descansos de braço removíveis.
Uma porta-voz da companhia aérea afirmou que a empresa agora fornece uma lista dos assentos acessíveis de corredor em cada avião, que pode ser consultada pelos funcionários da empresa sem a necessidade de subir no aparelho.
Existe uma lei referente a assentos acessíveis na aviação civil que prevê que todos os aviões com 300 assentos ou mais devem possuir encostos de braço removíveis em metade dos assentos de corredor.
Os aviões novos têm que contar com os encostos removíveis e os antigos, se não os tiverem, precisam incorporá-los quando passam por reformas.

Tradução de Clara Allain

Texto Anterior: Brasil é `paraíso gay' da América Latina
Próximo Texto: Carnaval temporão sacode capital cearense
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.