São Paulo, sábado, 8 de julho de 1995
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Enchente mata 1.179 na China

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Enchentes desde maio na China já mataram 1.179 pessoas em dez províncias do sul do país.
Segundo números do governo, mais de 26 mil pessoas ficaram feridas e 1,3 milhão tiveram que ser realocadas.
Especialistas disseram que a enchente pode se tornar a maior do século no país.
O governo acredita que pelo menos 100 milhões de chineses foram atingidos pelas enchentes.
As inundações foram causadas pela cheia de rios e lagos que se ligam ao ao rio Yangtzé.
O rio Yangtzé é abastecido pelo derretimento da neve no platô Tibete-Qinghai. Neste ano, o derretimento excessivo de neve causou a cheia no Yangtzé.
O aquecimento da Terra e o início do verão na China causaram o degelo exagerado.
Duas semanas de chuvas também foram responsáveis pela cheia nos rios e lagos.
Cerca de 900 mil casas ficaram destruídas e pelo menos outras 4 milhões sofreram danos.
Segundo uma estimativa preliminar, as cheias já causaram prejuízos de US$ 4,4 bilhões.
Mais de 5,6 milhões de pessoas estão sem poder se locomover no país.
Meteorologistas já tinham previsto que novas condições climáticas poderiam causar fortes enchentes na China.
Na província de Hunan (sudeste), a mais atingida, morreram 540 pessoas e mais de 14 mil ficaram feridas.
Estão ajudando no resgate das vítimas em Hunan mais de 5 milhões de soldados e voluntários.
As chuvas no sul da China já estão diminuindo, mas a meteorologia ainda prevê que choverá por mais dois dias em pelo menos seis províncias do país.
Chuvas fortes são comuns na China no final de julho e no início de agosto, mas em 1995 elas chegaram mais cedo.
O governo chinês enviou ontem helicópteros de resgate ao sul do país.
Soldados e moradores empilhavam sacos de areia nas margens dos rios e diques para impedir que a água invadisse mais terras.
Cerca de 76 mil quilômetros quadrados ficaram inundados. Destes, 65 mil são de terras usadas na agricultura.
Várias indústrias da região tiveram que interromper sua produção.
O resgate de vítimas é considerado difícil porque grande parte das inundações ocorreu em zonas de difícil acesso.
Raios também mataram dezenas de pessoas nas províncias do sul da China nos últimos dias.

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