São Paulo, domingo, 9 de julho de 1995 |
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Bia Seidl vive abolicionista moderna
MARIANA SCALZO
Bia foi convidada por Nilton Travesso, diretor do núcleo de teledramaturgia do SBT, para interpretar Pola Renon na trama. ``O Nilton estava me chamando desde `Éramos Seis', mas não podia me mudar assim tão rapidamente. Então, fiz o `Memorial de Maria Moura' e resolvi esperar uma outra oportunidade. E ela apareceu agora." Para Bia, Pola é inteira. ``Ela tem todas as nuances, como um ser humano. Não é só uma coisa maniqueísta do bom, o mau, o herói." ``É uma mulher de 1872, viúva de um francês e ex-atriz. Ela viveu na Europa por 11 anos. É uma pessoa muito decidida, tem uma visão muito ampla, bem moderna, abolicionista e altruísta." Bia começou sua carreira artística brincando de dublagem com a então colega de escola Cláudia Gimenez. Uma imitava Julie Andrews em ``A Noviça Rebelde". A outra, Liza Minelli em ``Cabaré". ``A gente colocava os discos na vitrola e imitava quem gostava. Também brincava de imitar a Rita Pavone com a minha irmã", lembra. Aos 13 anos, Bia começou a fazer teatro no Tijuca Tênis Clube junto com a amiga Cláudia. ``Ela engrenou na carreira muito mais rápido. A gente nunca se esbarrou, ela trabalhava na linha de shows. Tentei até seguir a mesma trilha. Fiz `Planeta dos Homens' e algumas outras coisas. Mas não era a minha praia e fui para as novelas." Sua primeira participação em teledramaturgia foi em ``Jogo da Vida", de Silvio de Abreu, na Globo em 81. ``Entrava muda e saía calada." No ano seguinte, ganhou seu primeiro personagem de destaque: Edith, em ``Paraíso" (Globo). Depois, Bia não parou mais. Esteve todos os anos na TV, atuando em novelas ou minisséries. Um personagem que Bia relembra com carinho especial é Aninha Felizardo, de ``Dona Beija" (Manchete, 86). ``Acho que um personagem deve mexer com a sensibilidade do público. Quero algo mais do que divertir as pessoas enquanto jantam. Aninha fazia isso. A Pola também vai mexer com o telespectador." Atualmente, Bia mora em um flat, em São Paulo, com o filho Daniel, 15. ``Ele se adaptou superbem. Virou paulista mesmo. Só falta a carteirinha dos Gaviões da Fiel." A atriz se diz uma pessoa simples e excelente cozinheira. ``Faço tudo bem, só não sei cozinhar carne porque sou vegetariana." Quando não está trabalhando tenta se distrair, ir ao cinema ou dar passear no parque. Também se rende ao seu único vício: fazer ginástica. ``Me faz bem, preciso disso e não sei ficar sem." Texto Anterior: SBT estréia nesta terça o seu terceiro e mais caro remake Próximo Texto: Autores contam com assessoria histórica Índice |
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