São Paulo, domingo, 9 de julho de 1995
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``Devia ter nascido homem"

DA REPORTAGEM LOCAL

A analista de marketing Fátima Brêtas dirige desde os 15 anos e se diz ``pra lá de chegada em pisar fundo."
``Gosto tanto de carro e velocidade que devia ter nascido homem", diz Fátima, 28.
``Não quero ser interpretada como machista. É que dirijo muito bem. Me considero uma exceção entre as mulheres."
Fátima quer trocar seu Escort XR3 por um modelo mais potente. Ela sonha com um Subaru Legacy 2.2. Está cansada do motor 1.6.
``O Escort tem boa arrancada e desempenho razoável, mas não é bom de estabilidade", avalia a analista de marketing.
``Com o motor e a tração integral do Legacy, posso entrar numa curva a 150 km/h sem medo."
Outra ``pé-pesado" que desconfia da competência feminina ao volante é a estudante Renata Cristina Carletti, 19.
Para Renata, as mulheres têm mais medo de dirigir do que os homens. ``São tão cuidadosas e dirigem tão devagar que, muitas vezes, acabam atrapalhando o trânsito e justificando o preconceito."
Renata dirige desde os 11 anos e acaba de concluir um curso de pilotagem.
Está se aprontando -no autódromo de Interlagos- para disputar suas primeiras corridas de Super Stock.
Mas as verdadeiras paixões da estudante são modalidades automobilísticas fora de estrada.
Renata é proprietária de um jipão Pathfinder (Mitsubishi). Com ele, pretende participar de competições off road.
``Desde pequena tenho vontade de disputar um rali", diz Renata.
``Fiz o curso de pilotagem porque, para enfrentar uma prova fora de estrada, é preciso entender muito de pista e velocidade."

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