São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 1995
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'Estilo Jânio' dá pontos a Maia

AZIZ FILHO*

AZIZ FILHO; VANDECK SANTIAGO
DA SUCURSAL DO RIO

O prefeito do Rio, César Maia (PFL), atribui ao ``estilo Jânio Quadros" de governar o aumento de dez pontos percentuais no percentual de eleitores que aprovam sua administração, em relação a dezembro de 94.
Nas eleições de 92, quando derrotou a hoje senadora Benedita da Silva (PT-RJ), Maia prometeu mesclar a imagem de ``fiscal de costumes" de Quadros à de ``estrategista e tocador de obras" de Carlos Lacerda.
Quadros e Lacerda fizeram carreira em partidos conservadores. O primeiro foi presidente de janeiro a agosto de 1961. Seu último cargo foi de prefeito de São Paulo (86-89). Lacerda governou o Estado da Guanabara (hoje município do Rio) de 60 a 64.
Segundo o prefeito, o eleitorado do Rio se divide hoje em duas frentes: ele, Maia, de um lado e, de outro, o PT e o PDT, aos quais o prefeito acusa de ``promover a desordem urbana".
Até agora, segundo Maia, a imagem de fiscal de costumes, adquirida no combate aos camelôs e às invasões, se sobrepôs à de tocador de obras, mas essa relação deverá mudar até 96, quando ele deixará o cargo.
Com cerca de R$ 1,3 bilhão em caixa para investir, Maia disse que o crescimento de sua popularidade ocorreu mais nas favelas.
Segundo ele, o programa Favela-Bairro, de urbanização, foi mais assimilado pelos moradores das favelas do que o Rio-Cidade (reurbanização e embelezamento) nos bairros de classe média.
O prefeito do Rio disse que, se deixar o cargo com 30% de ótimo e bom e 15% de péssimo, disputará como favorito as eleições para governador do Estado em 98.
Recife
O prefeito do Recife, Jarbas Vasconcelos, 52 (sem partido), disse que a pesquisa Datafolha, que o classifica em primeiro lugar entre os prefeitos pesquisados, é um ``reconhecimento pelo trabalho feito". Vasconcelos manteve a posição em relação ao levantamento feito dezembro em 94.
Ele disse que o sucesso de seu governo deve-se a três fatores: ``a unidade da equipe, a comunicação com a população, tanto para dizer sim quanto para dizer não, e a aplicação correta dos recursos".

* Colaboraram VANDECK SANTIAGO, da Agência Folha, em Recife.

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