São Paulo, terça-feira, 11 de julho de 1995 |
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Argentina vende uma das últimas estatais
DENISE CHRISPIM MARIN
Hoje, será arrematada na Bolsa de Valores a cota de 25% de ações, pertencentes ao Estado, da Transportadora de Gás do Norte. Com essa operação, o governo espera receber US$ 107 milhões. As ações serão destinadas a grandes investidores. Até o fim do ano, outras 10 empresas devem ser privatizadas. A maior expectativa se concentra na venda da represa de Yacyretá, binacional da Argentina e do Paraguai, que deve permitir o ingresso de US$ 1,8 bilhão nos cofres. Outra possibilidade é a venda das ações do Estado de 10 empresas do setor elétrico e de gás. Para 96, possivelmente restem poucas empresas atrativas aos grandes investidores estrangeiros. É o caso das centrais nucleares, cuja privatização depende de aprovação do Congresso Nacional, os aeroportos e a empresa de correio. Também haverá necessidade de aprovação de nova lei para que o governo venda sua cota de 20% das ações que lhe restam da YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales), a empresa estatal de petróleo. Desemprego O ministro da Economia, Domingo Cavallo, assumiu ontem que o governo tem ``responsabilidade pelo aumento do desemprego". O país deve tornar-se a recordista em desemprego na América do Sul. A previsão oficial é de que 14,2% da população economicamente ativa esteja hoje sem trabalho. Os números oficiais devem ser anunciados nos próximos dias. Menem prometeu, em seu discurso de posse no último sábado, ``aniquilar" o desemprego no país. No final do ano passado, a taxa de desemprego argentina já era considerada alta (-12%). No último mês de maio, houve duplicação do número de desempregados que solicitaram subsídio ao governo -saltou de cerca de 9.000 para 18 mil. Texto Anterior: O setor mineral e a mundialização da economia Próximo Texto: México tem queda na inflação Índice |
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