São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 1995
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Como é o mediador nos EUA

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

A figura do mediador trabalhista apareceu nos Estados Unidos na década de 30. Ele não tem poder de decisão. Tudo o que faz é facilitar o diálogo entre sindicatos e empresas.
Os mediadores são funcionários do FMCS (Federal Mediator and Conciliator Service), órgão do governo federal criado em 1947.
Sempre que um contrato começa a ser negociado, sindicatos e empresas informam o FMCS. Em seguida, o mediador entra em contato com as duas partes para obter informações sobre os pontos em que há conflito.
No início, ele acompanha as negociações de longe. Só quando todas as possibilidades de acordo entre sindicato e empresa se esgotarem é que ele passa a participar ativamente do processo.
Segundo David Helfert, diretor do FMCS, em 50% dos contratos não há necessidade do mediador.
Quando sua presença é solicitada, ele atua como um ``juiz informal" entre os dois lados. Ou seja, ouve as queixas e tenta formular uma nova proposta que agrade a sindicalistas e empresas.
``Mas tudo o que o mediador faz é sugerir. Ninguém tem a obrigação de aceitar", diz Helfert. Segundo ele, o mediador consegue evitar a greve em 85% dos casos.

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